Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan, (Duluth, 24 de maio de 1941) é um cantor e compositor norte-americano.
Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus-russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Mineapolis em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantor folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em New York em 1961.
Em 2004, Bob Dylan foi escolhido pela revista Rolling Stone, como o 2º melhor artista de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles e uma de suas principais canções, Like a Rolling Stone, foi escolhida como a melhor música de todos os tempos.
Um Início de Protestos
Dylan já lançou mais de 45 álbuns desde 1962, quando lançou seu primeiro disco, "Bob Dylan”, dedicado ao folk tradicional. Seu segundo álbum, “The Freewhellin' Bob Dylan”(1963), contendo apenas canções de sua autoria, consagrou o músico com o hit "Blowin' In The Wind", que se tornou um hino do movimento dos direitos civis. Além desta, canções como "A hards-rain a gonna-fall", "Masters Of War", entre outras, tornaram-se clássicas como músicas de "protesto", embora Dylan mais tarde recusasse o rótulo de "cantor de protesto". Estas músicas, que entre outras compostas por ele, abordavam temas sociais e políticos numa linguagem poética, o tornaram um fenômeno entre os jovens artistas folk da época, levando-o ao estrelato folk, principalmente após sua participação no Newport Folk Festival de 1963, onde foi promovido pela "rainha" folk da época, a cantora Joan Baez. O sucesso do álbum "The Times They Are-A-Changing" (1964) apenas consolidou esta posição. [editar] Transição Bob Dylan em 1963
Mas logo Dylan mudou de rumos artísticos, afastando-se do movimento folk de protesto e voltando-se para canções mais pessoais, instrospectivas, ligadas a uma visão muito particular de mundo. As questões sócio-políticas de seu tempo: racismo, guerra fria, guerra do Vietnã, injustiça social, cedem espaço para a temática das desilusões amorosas, amores perdidos, vagabundos errantes, liberdade pessoal, viagens oníricas e surrealistas, embaladas pela influência da poesia beat. Esta transição se dá entre 1964 e 1966, quando Dylan eletrifica a sua música, passa a tocar com uma banda de blues-rock como apoio e choca a platéia folk, com sua aproximação ao rock. Na época, muitos ignoravam que Dylan já havia tocado rock n'roll na adolescência e apreciava artistas country como Johnny Cash, que já trabalhavam com instrumentos elétricos desde os anos 50. O sucesso dos Beatles e demais roqueiros britânicos na releitura do rock americano também chamaram-lhe a atenção. Em compensação, foi aclamado pela crítica, ampliou o seu público (mesmo sendo chamado de "traidor" por fãs do Dylan cantador folk), tornando-se cada vez mais influente entre artistas contemporãneos (John Lennon que o diga) e lançando os mais apreciados discos de sua carreira, com uma série de canções clássicas de seu repertório: "Maggie's Farm", "Subterranean Homesick Blues", "Gates of Eden", "It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)", "Mr. Tambourine Man", "Ballad Of A Thin Man", "Like a Roling Stone", "Just Like a Woman", entre outras, lançadas em seus álbuns mais inspirados: "Bringing It All Back Home" e "Highway 61 Revisited" de 1965 e o duplo "Blonde on Blonde", de 1966.
Em maio de 1966, após uma tumultuada turnê pela Inglaterra, devido ao formato rock dos shows, Dylan sofreu um grave acidente de moto que o afastou dos palcos e gravações até 1968. Em seu retorno, surpreendeu o público e a crítica com o álbum "John Wesling Hardin", fortemente influenciado pelo country, tendência que acentuou-se no trabalho seguinte, "Nashville Skyline", que trouxe o clássico "Lay Lady Lay" para as paradas. Limitando-se a apresentações esporádicas, das quais a mais importante foi sua participação no Festival da Ilha de Wight em agosto de 1969, além de sua participação no Concerto para Bangladesh, organizado por George Harrison em 1971, Dylan só voltaria a realizar turnês em 1974.
Anos 70
O que produziu no início dos anos 70 não foi bem recebido pela crítica, considerado muito abaixo de seus melhores momentos. Apenas algumas canções destacam-se: "If Not For You" (1970), "Knockin' on Heaven's Door" (1973), "Forever Young" (1974). Mas ao voltar as turnês, acompanhado pelo grupo The Band, retorna a evidência e ao sucesso, principalmente pelo elogiado duplo ao vivo "Before the Flood" (1974). Na retomada da carreira de forma mais ativa, Dylan produz "Blood On Tracks" (1975) e "Desire" (1976), seus melhores discos nos anos 70, aclamados pela crítica. Deste último, a canção "Hurricane", baseado na história de Rubin Carter, um boxeador negro preso injustamente, foi um sucesso espetacular, ao mesmo tempo que a turnê Roling Thunder Revue (75/76) era aclamada por crítica e público. É também de Desire as músicas Sara (dedicada para sua esposa) e Romance in Durango, essa ultima foi vertida para Romance no Deserto pelo cantor brasileiro Fagner para o disco de mesmo nome. [editar] Conversão
Após seu divórcio em 1977, da esposa Sara Lownds[1], com quem era casado desde 1965, Dylan viveu uma grande crise pessoal, que refletiu-se em seu trabalho artístico. Depois de uma turnê mundial em 1978, em parte registrada no duplo ao vivo "At Budokan" (gravado no Japão), ele voltou-se para a música gospel, após converter-se ao cristianismo e filiar-se a uma igreja. Foi o período mais controverso e polêmico de sua carreira, principalmente por Dylan afastar-se de seu repertório clássico e investir em canções com temática cristã. Nesta nova fase, surprendeu seus antigos fãs e se apróximou de músicos do segmento cristão, como Larry Norman[2], Chuck Girard[3] e Keith Green, em cujo álbum "So You Wanna Go Back to Egypt" chega a gravar uma participação com sua harmônica[4].
Mais importante do que isso, motivado por sua nova espiritualidade, Dylan gravou três álbuns: "Slow Train Coming" (1979) considerado o mais inspirado dos três, deu a Dylan um Grammy de melhor vocal masculino, pela canção "Gotta Serve Somebody". O segundo álbum, "Saved" (1980), teve uma recepção menos entusiasmada, embora na opinião de Kurt Loder da Rolling Stone este álbum fosse superior ao primeiro [5]. "Shot of Love" (1981) encerra a fase cristã de Dylan.
A despeito da intolerância das críticas à época do seu lançamento, em 2003, o conteúdo das músicas de "Gotta Serve Somebody" foi depurado, revisitado e redimido por nomes como Shirley Caesar, Helen Baylor, Chicago Mass Choir e outros representantes da música afro-americana, em "The Gospel Songs of Bob Dylan", um CD que se desdobrou em indicação para o Grammy e em documentário (2006) sobre esta fase. O jornal International Herald Tribune declarava que a interpretação afro-americana levava a música de Dylan a um outro patamar[6].
Rocky Administrador
Mensagens : 1716 Data de inscrição : 22/11/2009 Idade : 28 Localização : Pernambuco/Recife
Assunto: Re: Bob Dylan Qui 8 Abr 2010 - 20:36
Bob Dylan é tiapo um Raul Seixas americano, influencio gente pra cacete, fazia letras perfeitas como essa de Hurricane, e uma porrada de gente fez cover dele, gente como Hendrix e Guns N Roses.
Votei no Highway 61 Revisited, quase que voto no Blonde on Blonde, mas o Highway é classico, e já começa com Like A Rooling Stone !!!
Guill Administrador
Mensagens : 785 Data de inscrição : 16/11/2009 Localização : São Paulo
Assunto: Re: Bob Dylan Qui 8 Abr 2010 - 21:01
Gosto muito do Bob Dylan, é realmente um ótimo compositor, Hurricane é muito boa.
Vou procurar por alguns álbuns dele depois.
Destroyer Administrador do Blog
Mensagens : 598 Data de inscrição : 04/12/2009 Localização : São Paulo/ Santo Andre
Assunto: Re: Bob Dylan Sáb 10 Abr 2010 - 0:50
Fico com seu álbum mais conceitual de sua carreira : Bringing It All Back Home,para mim é o melhor álbum dele.Highway 61 Revisited,Nashville Skyline ( sensacional ),New Morning,Blood On The Tracks entre muitos outros se destacam.Um grande musico que influênciou muitos outros,dentro deles vem dois gênios : Hendrix e Renato Russo !!!
morcego
Mensagens : 36 Data de inscrição : 24/03/2010 Localização : google earth
Assunto: Re: Bob Dylan Seg 5 Jul 2010 - 0:59
Ao contrário do que estamos acostumados a escutar, este é Bob Dylan. É normal, você gostar do primeiro e do segundo álbum de uma banda, e depois ver que os trabalhos vão piorando. Mr Bob Dylan, é totalmente o contrário. Considero os 03 primeiros álbuns médios, e o restante, de bom a espetacular. Bob Dylan compõe de maneira única, e para ele, não para os fãs. Isto faz dele único, e seus trabalhos também. No meu ponto de vista, Before the Flood Under The Red Sky e Time Out of Mind são os trabalhos mais espetaculares da música mundial.
Rocky Administrador
Mensagens : 1716 Data de inscrição : 22/11/2009 Idade : 28 Localização : Pernambuco/Recife
Assunto: Re: Bob Dylan Sáb 31 Jul 2010 - 2:21
É, os 4 primeiros são mais ou menos, ainda não tem a genialidade que Dylan mostra nos próximos 3.
Como disse o Morcego, Bob Dylan nunca teve uma queda significativa de qualidade, o crítico de música da revista Veja até fez uma matéria sobre isso; segundo ele, o provável motivo disso ter acontecido é porque Dylan não aderiu completamente ao movimento Hippie não participando de Woodstock. Ele disse a seguinte frase: ''Enquanto os Hippies lançam artesanato, Dylan segue lançando grandes discos''
morcego
Mensagens : 36 Data de inscrição : 24/03/2010 Localização : google earth
Assunto: Re: Bob Dylan Sáb 31 Jul 2010 - 13:27
Não sei de nada.
Só sei que esta foto que o Rocky está usando de avatar, é de chorar de rir.
Boa Rocky.
freitas
Mensagens : 102 Data de inscrição : 22/01/2011
Assunto: Re: Bob Dylan Sáb 22 Jan 2011 - 11:03
Tai um cara que nao tem nenhum album ruim!
Rocky Administrador
Mensagens : 1716 Data de inscrição : 22/11/2009 Idade : 28 Localização : Pernambuco/Recife
Assunto: Re: Bob Dylan Qua 26 Jan 2011 - 19:19
freitas escreveu:
Tai um cara que nao tem nenhum album ruim!
Não conheço todos os discos dele, mas os que são considerados os piores, Down In The Groove e Dylan & The Dead (ao vivo com o Greatful Dead), eu acho bons.